sábado, 28 de abril de 2012

O QUE HÁ POR TRÁS DO VAGÃO FEMININO?

É com muito prazer que volto a escrever no nosso blog. O assunto de hoje é polêmico, faz parte das transformações do mundo e da mulher...a mulher dos tempos atuais. Elas que hoje estão ganhando cada vez mais espaço no mercado trabalho e adquirindo sua independência. E como nem tudo são flores, essas guerreiras precisam mostrar que são tão capazes quanto os homens, lutar pela equidade de salário, são "donas de casa", e ainda convivem com os abusos dentro do trabalho e pior...fora dele, em suas casa, nas ruas, nos ônibus, metrô e etc. Mas você vai dizer como assim? Já existe a lei Nossa Senhora da Penha, lei contra o abuso sexual...e agora tem até vagão feminino nos trens e metrô (Lei 4733/2006), o que mais essas mulheres querem?? Acontece que no último caso a lei não é respeitada por muitos homens...

Tenho observado (conforme vídeo gravado na Estação Carioca as 17h35 com destino a Estação General Osório) que não há agentes da SuperVia perto dos vagões destinado a mulheres nos indicados pela Lei, principalmente nas estações da Zona Norte do Rio. Cabe Observar que a única estação que mantém seus agentes é a Estação Botafogo que ainda assim precisam chamar atenção de vários homens "distraídos" que teimam em infringir a Lei. Agora, há necessidade de haver sempre alguém nos vigiando para que possamos fazer o certo ao invés do errado?



Mas vamos pensar, será que de fato precisaria existir o vagão feminino? Lembro como se fosse hoje do quão polêmico foi esse assunto antes que de fato entrasse em vigor, inclusive muitas mulheres que não utilizam o transporte (trem/metrô) achavam isso uma bobagem e não apoiavam a idéia. Mas que tal uma volta pelo transporte nos vagões misto no horário das 18hrs de Botafogo até a Pavuna? O fato é, se os homens respeitassem as mulheres, elas não precisariam de um vagão exclusivo. Quantas notícias sobre agressão a mulher, estupro (inclusive doméstico) não vemos nos noticiários? E voltando ao caso do metrô, quantos homens não insistem em viajar nos horários destinados as mulheres (6am-9am e 17pm - 20pm) as desrespeitando e infringindo a Lei? Serão esses mesmos homens que também desrespeitam suas mulheres em casa (mãe, esposa, filha)?

Outra pergunta mais delicada ainda seria: Só os homens desrespeitam as mulheres, ou elas também não se respeitam? Quantas mulheres ainda se vendem somente como objeto sexual (e não falo somente de prostitutas, mas vemos isso na mídia, em baladas e até aquela sua amiga que está namorando com aquele cara horrível porque ele tem grana)? Quantas mulheres que ao invés de mostrar seu potencial conseguem promoções no trabalho por sair com seu superior. E vou mais longe, como é impressionante a forma como as mesmas se xingam como: "Fulana é uma piranha, já deu pra todo mundo", "Ciclana não presta, vive se exibindo com os peitos de fora, é uma vagabunda", é fato que elas não tem camaradagem alguma. Pois se tivessem, seriam de uma força incrível...

Enfim, o problema da falta de respeito dentro dos vagões femininos vai muito além da própria lei. Pois fere a cultura brasileira do jeitinho, a falta de respeito dos homens e a própria falta de respeita entre as mulheres. É claro que se houvesse uma punição para aqueles que insistissem em trafegar em comboios exclusivos femininos poderíamos solucionar 1 dos problemas (já que a Lei 4733/2006 é falha nesse aspecto). Porém outras questões sempre irão nos rodear se não pensarmos sobre o que de fato há por trás do vagão feminino!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Única - A Rota do Tráfico em Petrópolis

É com muita tristeza que eu venho compartilhar essa notícia com vocês, um fato de omissão, medo e também cumplicidade, por quê não?

Dia 22 de janeiro de 2012 comprei uma passagem na rodoviária Leonel Brizola (Bingen) sentido Rio de Janeiro na empresa da Única com saída marcada para as 15h20. Ao chegar na minha poltrona (número 43) havia dois rapazes, cada um segurando um bolo de notas de R$50 que me pediram para trocar de poltrona. Instintivamente neguei pois tenho preferência pela janela. Os rapazes ainda me fitando com os olhos não acreditaram na minha reação porém levantaram para que eu pudesse sentar no meu lugar. Para minha surpresa, um deles deixou cair maconha pela poltrona ao lado da minha e sem se importar liberou o caminho para que eu pudesse me sentar. Percebi que eles estavam com mochilas e não estavam dando a mínima para a maconha derrubada e sentaram em seus lugares e continuaram a contar a enorme quantidade de notas que estavam em suas mãos.


Em poucos segundos me levantei e discretamente falei ao ouvido do motorista (que já ia sair com ônibus) que eu não seguiria viagem pois haviam dois rapazes com droga no final do ônibus e que ele deveria chamar a polícia.

O motorista desceu do ônibus junto comigo e foi ao gerente dizendo que era necessário chamar a polícia diante do ocorrido comigo. Porém, o gerente cujo nome é Peroni afirmou que não deveria chamar a autoridade pois caso a acusação fosse falsa a empresa fica vulnerável.

Ora ora, quer dizer que a empresa não pode ser exposta mas os passageiros e o motorista podem né? Diante de uma sequência de fatos que estão ocorrendo na subida/descida da serra, de assaltos e sequestros na estrada, eles optaram por arriscar e deixar o ônibus partir ao invés de fazer o politicamente correto. Ao meu ver, uma omissão ao tráfico de drogas configura-se em cumplicidade!

Troquei minha passagem diante da minha impotência e pouco minutos depois vi um policial circulando dentro da rodoviária de Petrópolis, contei a ele o caso e este demonstrou-se indignado.Este me informou onde ele ficava dentro da rodoviária e informou que como cidadã eu poderia procura-lo caso isso ocorra novamente (espero que não). Mas conto com todos os leitores e usuários desse único meio de transporte coletivo que Petrópolis possui para seguir para o Rio, que tomem essa atitude de descer do ônibus e procurar o polícial que encontra-se no local caso isso ocorra com vocês.

Para mim o máximo que a empresa fez foi trocar minha passagem, e como fiquei exposta um bom tempo até que decidissem se iriam chamar a polícia ou não, fiquei com receio de viajar sozinha. E só pude ir para o  Rio no ônibus de 17h20 para que eu tivesse a sensação de segurança, pois eles poderiam me esperar no Novo Rio ou parar o ônibus seguinte próximo a Santa Cruz da Serra ou sei lá o que. Do jeito que as coisas andam, melhor prevenir do que remediar.

Esse é o serviço nada seguro que a Única presta para nós, passageiros que gastamos uma fortuna para subir/descer a serra.

                                                      Serviço nada seguro e nada barato!